Embora os preços do metro quadrado de imóveis novos tenham aumentado entre 5,5% e 22,2%, nos quatro primeiros meses deste ano, na comparação com igual período do ano passado, nunca se vendeu tantos apartamentos e casas localizadas em condomínios fechados, em Goiânia. As vendas cresceram em média 53%, no período. A média de venda mensal está em 1.342 unidades contra a média mensal de 876 no ano passado, e de 351 unidades em 2007.
“O ano de 2011 continua sendo muito bom para o mercado imobiliário goiano, com desempenho acima das nossas expectativas”, afirma o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Ilézio Inácio Ferreira, ao divulgar ontem a pesquisa mensal do mercado, realizada pela Grupom, Consultoria e Pesquisas.
Na opinião de Ilézio, a grande oferta de financiamento imobiliário e a estabilidade dos juros para essa linha de crédito, aliadas à melhoria de renda da população, estão contribuindo para o boom do mercado imobiliário goiano. Ele observa que, mesmo nos meses considerados fracos de vendas e de lançamentos de novos empreendimentos, como janeiro e fevereiro, as vendas surpreenderam.
Morando em Goiânia há três anos, vindo de Recife (PE), o engenheiro agronômo Tarcísio de Souza Filho ajudou a incrementar as vendas do mercado imobiliário goiano, este ano. Ele adquiriu um apartamento de quatro dormitórios no Residencial Oásis, no Setor Bueno, que será entregue a seus moradores pela construtora na próxima semana. Ele conta que pesquisou, por seis meses, o mercado e optou por um imóvel que ficasse próximo ao seu trabalho, para fugir do tumultuado trânsito da cidade. Nesse período, Tarcísio percebeu uma valorização grande dos imóveis. “Quando vi que os preços estavam subindo muito, procurei fechar logo o negócio”, disse.
Preços
O presidente da Ademi-GO justifica os aumentos dos preços dos imóveis novos alegando que os mutuários estão exigindo construções com mais valor agregado. Ou seja, que possuam área de lazer completa, mais de uma vaga de garagem, mais tecnologia, segurança e conforto, além da qualidade. Ele lembra, como exemplo, o fato de os novos empreendimentos de um quarto terem salas mais amplas e mais de uma vaga na garagem. “Isso custa mais caro.”
O presidente da Ademi-GO justifica os aumentos dos preços dos imóveis novos alegando que os mutuários estão exigindo construções com mais valor agregado. Ou seja, que possuam área de lazer completa, mais de uma vaga de garagem, mais tecnologia, segurança e conforto, além da qualidade. Ele lembra, como exemplo, o fato de os novos empreendimentos de um quarto terem salas mais amplas e mais de uma vaga na garagem. “Isso custa mais caro.”
A pesquisa da Ademi/Grupom mostra que na Grande Goiânia o custo do metro quadro do apartamento de um quarto aumentou 22,2% em abril último, na comparação com igual período do ano passado, chegando a R$ 3.713,79. Já a unidade de quatro dormitórios registrou queda de 5,5% do preço do metro quadrado. “As construções dessas unidades tinham valor agregado e agora o tamanho diminuiu, reduzindo, automaticamente, o preço”, alega Ilézio Ferreira.
O presidente da Ademi observa também, com base no preço médio das unidades colocadas à venda, este ano na Grande Goiânia, - R$ 222,43 mil -, que o mercado está oferecendo imóveis de melhor padrão de qualidade e localizados em setores mais nobres. Em abril do ano passado, o preço médio era de R$ 108,19 mil.
Essa diferença mostra, também, que houve desaquecimento das construções dos empreendimentos destinados à população de menor poder aquisitivo, aqueles enquadrados dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, com financiamentos de até R$ 154 mil. “Está faltando financiamentos para a construção desses projetos”, alega o presidente da Ademi-GO.
Na Grande Goiânia continuam predominando os lançamentos e as vendas de apartamentos de dois quartos. Das 1.039 unidades comercializadas em abril último, quase 50% (570) foram de dois dormitórios, contra 300 de três quartos, 101 de um quarto e 68 de quatro dormitórios.
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